O uso de dados e sua relevância não são novidades no mundo atual. Nesse contexto, destacamos uma metodologia fundamental: o People Analytics. Não por acaso, existem profissionais especializados apenas em tratamento de informações, assim como leis destinadas à proteção e softwares para variadas organizações.
Um ponto importante para compreensão dessa interessante ferramenta é que o People Analytics NÃO é um programa de computador que armazena dados, mas, sim, um método para que seja possível tratá-los de maneira eficiente e com um objetivo claro.
O objetivo é a gestão de pessoas dentro de um ambiente determinado: o corporativo. Logo, por meio do People Analytics consegue-se compreender, de fato, o papel de cada colaborador dentro da empresa e, dessa forma, nortear as tomadas de decisão que lhes dizem respeito.
Coleta de dados: o passo inicial
Quando se fala em coletar dados é essencial ter em mente algumas questões como: quais dados serão coletados? Como é feita a coleta? O que fazer com essa montanha de informações?
Bem, comecemos, então, pelo início.
1. Quais dados serão coletados?
A metodologia do People Analytics é, como indicado por seu próprio nome, uma forma de analisar as pessoas de maneira objetiva, ou seja, por meio de dados que, muitas vezes, são subjetivos. Afinal, estamos aqui falando de pessoas.
Sabendo que é preciso coletar dados, a pergunta que não calar é: quais? Para facilitar as etapas iniciais, o mais indicado são aqueles de caráter “numérico”, como a quantidade de funcionários da empresa, a jornada semanal e diária de trabalho e as folhas de pagamento, por exemplo.
Dessa maneira, entende-se o quanto cada colaborador trabalha, custa e se dedica à empresa, seu tempo de casa, formação, além de quantidade de equipes, e setores.
Depois dos dados objetivos, é hora de coletar os subjetivos, tendo em mente o porquê de eles serem coletados: identificar destaques na empresa, traçar planos de carreira, melhorar a produtividade, reduzir a rotatividade, etc.;
2. Como coletar os dados?
Como foi dito anteriormente, inicie pelos dados numéricos. Outras formas, porém, devem ser adotadas de acordo com os objetivos assumidos para implementação do People Analytics, o que significa que as estratégias para isso podem variar.
Assim, se o objetivo é identificar os destaques da empresa, cabe coletar dados que os transpareçam, por exemplo: quais funcionários vendem e atendem mais, recebem um número maior de feedbacks positivos, quais são pontuais, bem como os que menos faltam, e os mais engajados.
Tais informações podem ser obtidas por meio de conversas com os gestores, entrevistas pessoais com os funcionários, observação empírica, aplicação de pesquisas e questionários gerais, ou mesmo específicos para cada departamento, dentre outros;
3. O que fazer com os dados?
Essa é uma das etapas mais complexas do People Analytics: o que fazer com todos os dados coletados e como usá-los a favor da empresa. Aqui, vale salientar que quanto maior a qualidade dos dados, mais precisos serão os resultados.
O que se deve fazer é o cruzamento de informações para obtenção de métricas. Como exemplo, podemos citar que se o desejo é melhorar a produtividade, é imprescindível entender como agem os funcionários com melhor desempenho, o que os motiva, quem são eles e qual sua trajetória.
Compreender tais questões auxilia a tomada de decisão e a realização de ações que aumentem a produtividade dos demais. Então, se os mais motivados são aqueles melhor preparados, oferecer treinamentos e especialização torna-se uma solução viável.
O cruzamento de dados, portanto, pode e deve ser feito de maneira automatizada, uma vez que se trata de uma tarefa altamente complexa. O uso de um software que armazene as informações e as relacione para chegar a resultados poupa tempo e evita erros.
Identificando problemas e soluções
Sem dúvida, a identificação de problemas e soluções é um dos maiores fatores motivacionais para implementação do People Analytics, pois se sua empresa tem funcionários motivados e não motivados, se alguns ficam e outros logo pedem as contas, é necessário entender o porquê de ambos.
Além disso, o People Analytics é uma excelente metodologia para que as tomadas de decisão sejam baseadas em dados concretos, e não em achismos. Por fim, ao identificar métricas e definir o que fazer tendo-as por base, é possível prever o futuro, o que aprimora o planejamento.
Alguns objetivos atingidos com o People Analytics são:
- Contratação de funcionários que realmente têm a ver com o perfil da empresa;
- Remanejamento de colaboradores com maior precisão para que ações como promoção, mudanças de cargos ou mesmo demissões sejam feitas com embasamento;
- Identificação dos destaques da empresa;
- Constatação das áreas, setores e indivíduos que devem ser melhorados;
- Implementação de ações e estratégias para motivar os funcionários;
- Aumento da produtividade sem mexer no quadro de empregados;
- Melhoria da distribuição de benefícios, bônus e premiações.
Tomadas de decisão assertivas
A conclusão que se chega com o People Analytics é de que a coleta e tratamento de informações garantem decisões mais assertivas e melhoram a gestão de recursos humanos de maneira fundamentada, resultando em uma gestão mais coerente.
Por esse motivo, é hora de revolucionar sua empresa dando a devida atenção a um de seus elementos mais importantes: as pessoas. São elas que permitem que as rotinas laborais sejam efetivadas, garantem mais lucros e influenciam positiva ou negativamente a imagem do seu negócio.